7 de outubro de 2015

Aquilo que nunca morre...


'Uma viúva, chorando, foi visitar Buda. Seu único filho havia morrido. Buda sorriu e lhe disse: - Vá até a cidade e peça sementes de mostarda, mas deve ser em casas onde ninguém tenha perdido nenhum ente querido. A mulher rapidamente foi até a cidade e começou a bater nas portas. Em todas as casas lhe diziam: "Podemos lhe dar quantas sementes quiser, mas a condição não será cumprida, porque muitos parentes morreram nesta casa". Mas ela não desistia. "Deve haver alguma casa onde a morte não seja conhecida", pensou. Ao entardecer, exausta de tanto caminhar e bater nas portas, compreendeu que "a morte é parte da vida. Não é pessoal. Não é uma calamidade pessoal que só tenha acontecido comigo". Com esse entendimento, voltou a Buda. Ele lhe perguntou: - Onde estão as sementes? Ela sorriu e apenas desejou conhecer o sentido imortal da vida. “Não peço para recuperar meu filho, porque mesmo que pudesse recuperá-lo, ele morreria novamente.” Quero aprender a encontrar dentro de mim mesma isso que nunca morre.'

Este conto foi extraído de um pequeno livro intitulado “Contos da Índia”, e ele nos faz perceber o quanto somos iguais em sofrimento, mas também no que é eterno: nossa essência imortal, o fôlego de vida espiritual, aquilo que motiva legitimamente nossa vida terrena. E essa significação é pessoal, pode representar o seu conteúdo sagrado, o que te preenche: sua fé, seu Deus, ou sua busca filosófica, sua missão, seu sonho... Cabe a cada um de nós descobrir “aquilo que nunca morre”. Porque é ali que o sentido reside e faz pulsar sua existência. Tudo mais é mortal, mas indispensável a quem compreende sua importância para a vida! Basta reconhecer que até mesmo a semente precisa morrer para brotar e dar origem a uma nova planta, com flores e frutos. 

Tenha certeza de que existe um lugar de vida onde você irá descobrir as suas melhores sementes. Encontre-o, e subsista com mais esperança, sorrisos e paz! 

Namastê
Ellen Valéria Franco
(Especial para Plenitude Yoga)

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