'Uma viúva, chorando, foi visitar Buda. Seu
único filho havia morrido. Buda sorriu e lhe disse: - Vá até a cidade e peça
sementes de mostarda, mas deve ser em casas onde ninguém tenha perdido nenhum
ente querido. A mulher rapidamente foi até a
cidade e começou a bater nas portas. Em todas as casas lhe diziam:
"Podemos lhe dar quantas sementes quiser, mas a condição não será
cumprida, porque muitos parentes morreram nesta casa". Mas ela não desistia.
"Deve haver alguma casa onde a morte não seja conhecida", pensou. Ao
entardecer, exausta de tanto caminhar e bater nas portas, compreendeu que
"a morte é parte da vida. Não é pessoal. Não é uma calamidade pessoal que
só tenha acontecido comigo". Com esse entendimento, voltou a Buda. Ele lhe perguntou: - Onde estão as sementes? Ela sorriu e apenas desejou conhecer o sentido imortal da vida. “Não peço para recuperar meu filho, porque mesmo que
pudesse recuperá-lo, ele morreria novamente.” Quero aprender a encontrar dentro
de mim mesma isso que nunca morre.'
Este conto
foi extraído de um pequeno livro intitulado “Contos da Índia”, e ele nos faz
perceber o quanto somos iguais em sofrimento, mas também no que é eterno: nossa
essência imortal, o fôlego de vida espiritual, aquilo que motiva legitimamente nossa vida terrena. E essa significação é pessoal, pode
representar o seu conteúdo sagrado, o que te preenche: sua fé, seu Deus, ou
sua busca filosófica, sua missão, seu sonho... Cabe a cada um de nós descobrir “aquilo
que nunca morre”. Porque é ali que o sentido reside e faz pulsar sua
existência. Tudo mais é mortal, mas indispensável a quem compreende sua importância para a vida! Basta reconhecer
que até mesmo a semente precisa morrer para brotar e dar origem a uma nova planta,
com flores e frutos.
Tenha certeza de que existe um lugar de vida onde você irá descobrir as suas
melhores sementes. Encontre-o, e subsista com mais esperança, sorrisos e paz!
Namastê
Ellen
Valéria Franco
(Especial para Plenitude Yoga)